sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

BRASIL

Projetos de energia limpa atraem investidores japoneses

Os projetos de energia renovável da América Latina estão despertando a atenção de empresas japonesas. O Japão é um dos países que, preocupado com o aquecimento global, já ratificou o protocolo de Kyoto e, além de estar implantando um plano de redução de gases de efeito nocivo à camada de ozônio, começa a analisar projetos cujos investimentos tenham como retorno dos créditos de carbono, beneficiando o país. No plano interno de redução dos gases de efeito estufa, o Japão já aderiu à mistura do álcool à gasolina. De olho no setor canavieiro, onde se concentra a maior parte dos pequenos e médios empreendimentos de energia renovável, empresas japonesas do setor elétrico convidaram o representante brasileiro da Econergy, especializada em soluções financeiras inovadoras voltadas a empreendedores de tecnologias limpas, Marcelo Schunn Diniz Junqueira, para iniciar as negociações dos investimentos no Brasil. "O Brasil pode receber investimentos de aproximadamente US$ 20 milhões apenas com o potencial das pequenas e médias empresas de energia renovável, explica Marcelo. "Existe um grande interesse destas instituições em atuar tanto na redução da emissão de gases de efeito estufa através da mistura de álcool na gasolina como em adquirir créditos de carbono gerados em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em países como o Brasil. Muito embora a mistura do álcool na gasolina seja uma medida ainda dependente de soluções político-econômicas, a compra dos créditos de carbono já começou", diz.Créditos de Carbono
O cálculo de engenharia para disponibilizar créditos de carbono no mercado varia de acordo com a tecnologia empregada pelo projeto e o cenário de referência a que cada um deles é comparado. De qualquer forma, a não-emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera é convertida em toneladas equivalentes de gás carbônico (tCO2e). Para projetos implementados no Brasil, essa tonelada é chamada de Redução Certificada de Emissão (RCE). De acordo com Marcelo Junqueira, a comercialização de Créditos de Carbono deve representar um movimento de cerca de U$ 1 milhão por ano para os países em desenvolvimento, principalmente Brasil, China e Índia.O Brasil, de modo geral, deve ser um grande beneficiário desse novo mercado, onde as usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo têm condições de disputar uma grande fatia.Sua área agricultável é enorme e a sua produção de energia limpa tende ser cada vez maior.Além da biomassa para a produção de eletricidade, também podem obter créditos de carbono para comercialização os investimentos em pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), projetos de eficiência energética, aterros sanitários, energia solar, energia eólica ou qualquer projeto que diminua o consumo de combustíveis fósseis ou evite a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.(Ateliê da Notícia).



Colômbia

A cafeicultura colombiana tem grande expressão e importante força política no país. O café é reconhecido como um símbolo nacional e conta com programas de divulgação internacional desde a década de 1960. A atividade recebe apoio governamental constante, por envolver diretamente mais de 550.000 famílias e também por ser uma alternativa reconhecida à produção de matéria-prima para drogas ilícitas - o que, inclusive, propicia tratamento preferencial às importações de café industrializado colombiano, tanto nos EUA como na União Européia.
Devido à baixa latitude, as estações do ano não são bem definidas na Colômbia. Esta condição propicia a ocorrência de múltiplas floradas nos cafezais, fazendo com que a safra do país se estenda por praticamente todo o ano, com a colheita principal indo de outubro a janeiro e a secundária, “mitaca”, de abril a julho. Dada à presença de frutos maduros nas árvores durante boa parte do ano, a praga-chave da cafeicultura do país é, hoje, a broca, que superou a ferrugem em importância. Além da longa safra, o predomínio de topografia acidentada também faz com que a colheita seja manual e seletiva, com forte demanda de mão-de-obra, cuja disponibilidade tem sido restrita nos últimos anos.
O objetivo de aumentar as exportações de cafés especiais para 2 milhões de sacas, envolvendo 10.000 cafeicultores adicionais nos programas de cafés sustentáveis, com meta, para 2011, de que 40% das exportações de café do país sejam com valor agregado.

O consumo interno na Colômbia, que chegou a 2 milhões de sacas, em 1985, está estabilizado, há alguns anos, na casa de 1,2 milhões de sacas por ano, sendo suprido em boa parte com produto abaixo dos padrões mínimos adotados para exportação. Por outro lado, houve uma evolução na qualidade do café colombiano, graças ao abandono da produção em regiões menos propícias e à evolução nas técnicas de cultivo, no controle da broca e no pós-colheita. Com isso, houve diminuição do volume dos cafés não-exportáveis, o que determinou a necessidade de importação de cafés mais baixos, do Peru e do Equador, que fornecem a grande maioria das cerca de 400 mil sacas compradas anualmente.
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=18104

Aproximação comercial entre Brasil e Colômbia envolverá o setor
Sucroalcooleiro

Brasil e Colômbia caminham para estreitar seus laços comerciais. Os entendimentos, envolvendo inclusive
iniciativas no setor sucroalcooleiro, ganharam peso durante a visita oficial do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao país vizinho, na semana do dia 19 de julho. A UNICA representou as empresas brasileiras do setor durante o evento que ocorreu paralelamente à agenda oficial do presidente, o “Seminário Brasil-
Colômbia – Novas Fronteiras de Negócios”, que contou com a participação de mais de 340 empresários de ambos os países.
Tendo os biocombustíveis na agenda de seu presidente Álvaro Uribe, a Colômbia já está utilizando a mistura E10 (10% de etanol em 90% de gasolina) em praticamente 70% do território nacional. A meta é chegar a 2012 com 100% da frota do país adaptada ao E20 (20% de etanol). De acordo com Carolina
Costa, relações públicas da UNICA e que foi palestrante no evento, os
colombianos enxergam o Brasil como um parceiro para a produção de etanol.
“O Brasil nos ensinou a produzir o etanol”, disse o presidente Uribe. “Seguindo o exemplo do Brasil, a Colômbia hoje tem uma indústria sucroalcooleira. E este é um setor-chave para o desenvolvimento social e rural”, argumentou o presidente colombiano. A tecnologia brasileira para a produção de etanol é um dos pontos em que pode haver negócios entre as empresas dos dois países.
Em seu discurso, o presidente Lula afirmou que o mundo está sofrendo com a alta do petróleo, mas que há alternativas. “Países como Colômbia e Brasil podem enfrentar este desafio em função do consumo e produção eficiente de etanol”, disse o presidente brasileiro. “O Brasil quer colaborar e cooperar com a
Colômbia no setor de biocombustíveis, além de mostrar ao mundo as vantagens sociais, econômicas e ambientais do etanol de cana”. Lula ressaltou ainda que o dilema entre “energia e alimento” é falso e que
os países desenvolvidos devem uma explicação sobre o porquê da alta do preço do petróleo.
Já o presidente colombiano reconheceu o apoio brasileiro na área de biocombustíveis e enfatizou que a produção de etanol não interfere na produção alimentar tanto na Colômbia como no Brasil. Uribe propôs a criação de um documento conjunto das boas práticas nos setores sucroalcooleiro brasileiro e colombiano. “O fomento da indústria de biocombustíveis na Colômbia significa desenvolvimento social”, disse Uribe. “O governo da Colômbia trabalha para que no futuro toda a frota de veículos leves do país seja com tecnologia flex-fuel”.

NICARÁGUA



Nicarágua pretende iniciar produção de etanol e bioeletricidade com uso de cana-de-açúcar



Mais um país que não dispõe de usinas de cana-de-açúcar, atualmente, busca no Brasil a tecnologia para iniciar a sua produção própria. Nesta segunda-feira (21/07/2008), foi o prefeito de Manágua, capital da Nicarágua, que veio à UNICA atrás de informações sobre a geração de biocombustível e bioeletricidade nas usinas de cana-de-açúcar.
Dionísio Marenco encontrou-se com o presidente da UNICA, Marcos Jank, que contou a história do setor sucroalcooleiro do Brasil, destacando a importância do lançamento do Proálcool nos anos 1970 e, mais recentemente, do início da fabricação e comercialização dos carros Flex-Fuel, que rodam com etanol ou
qualquer mistura do biocombustível com gasolina. “Espero que esta visita traga resultados concretos para o início da indústria sucroalcooleira nicaragüense”,
afirmou o presidente da UNICA. “Somente quando mais e mais países passarem a ser produtores e exportadores de etanol, conseguiremos fazer deste biocombustível uma commodity global”, argumentou Jank, acompanhado do diretor de Comunicação Corporativa da associação, Adhemar Altieri, e da
Relações Públicas, Carolina Costa. A intenção inicial dos nicaragüenses é instalar uma indústria de etanol de cana para fornecimento do biocombustível aos outros países do Caribe e também para os Estados Unidos. Além disso, a capacidade de gerar eletricidade para consumo no país é outro fator de estímulo à implantação de usinas de cana-deaçúcar. O roteiro da visita de Marenco incluiu ainda a usina Vertente, do Grupo Moema, nas proximidades de São José do Rio Preto (SP), onde os nicaragüenses puderam conhecer os processos de cultivo e industrialização da cana, especialmente a geração de etanol e bioeletricidade.

http://www.udop.com.br/download/unica/not_2136.pdf


A Nicarágua é um dos países mais pobres da América Latina. Quase 48% da população vivem abaixo do limiar de pobreza e cerca de 17% numa situação de miséria extrema. A população mais pobre concentra-se em grande parte nas zonas rurais (onde há cerca de 70% de pobres contra 30% nas zonas urbanas) e na região central do país (onde habitam 47% das pessoas extremamente pobres).

Um comentário:

consumo sustentável disse...

" Não tinha conhecimento que Cuba era um pais com ótimo nivel em sustentabilidade. A idéia que temos do país é de que a população não está plenamente satisfeita"

Temos que pensar seriamente sobre estes assuntos.


Gernamo Bresser