domingo, 7 de dezembro de 2008

Criança e Consumo

Propagandas ilegais induzem crianças ao consumo,proporcionam a maturidade precoce, prejudicam seu desenvolvimento normal e sua alimentação. As grandes marcas, usam nossas crianças para alavancar suas vendas, passando por cima da proteção a que elas têm direito.
O instituto ALANA defende esses direitos atuando ativamente contra todos que descumpram as leis e nos alertam para as propagandas que apreciamos diariamente em nossos televisores.
Essas propagandas não tem a inocência que sugerem ter e se utilizam de recursos muito pouco éticos para lucrar.

O que é o instituto Alana
http://www.alana.org.br/Default.aspx

O Instituto Alana é uma organização sem fins lucrativos criada em 1994 que tem como missão fomentar e promover a assistência social, a educação, a cultura, a proteção e o amparo da população em geral, visando a valorização do homem e a melhoria da sua qualidade de vida, conscientizando-o para que atue em favor de seu desenvolvimento, do desenvolvimento de sua família e da comunidade em geral, sem distinção de raça, cor, posicionamento político partidário ou credo religioso.É também incumbência do Instituto desenvolver atividades em prol da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes relacionadas a relações de consumo em geral, bem como ao excessivo consumismo ao qual são expostos.Fruto de uma iniciativa social das pessoas físicas, ele conta com estrutura e gestão profissionalizadas e tem dois projetos principais para realizar a missão a que se propõe: o Espaço Alana e o Criança e Consumo.O Instituto Alana não tem a intenção de ocupar as lacunas deixadas pelo Estado no atendimento a comunidades carentes. Tanto que está entre seus objetivos o auxílio às comunidades onde atua para que se organizem pela reivindicação dos serviços e assistências a que têm direito para o exercício da plena cidadania. Ao mesmo tempo, oferece, por meio de ações do Espaço Alana, atividades que complementam e se somam às ações públicas nas áreas de educação, cultura e saúde.Da mesma maneira, o Instituto não visa acabar com as práticas comerciais. No entanto, persegue mudanças de paradigmas na sociedade, propondo alterações nas relações de consumo, fortalecendo valores humanísticos hoje tão menosprezados. A partir do Criança e Consumo introduz discussões sobre cidadania, participação social e qualidade de vida, levando informação crítica aos pais e educadores, instruindo-os sobre os malefícios do exagerado consumismo infanto-juvenil.



http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/AcaoJuridica.aspx?v=1&id=27/CriancaConsumo/AcaoJuridica.aspx?v=1&id=27


CLARO




Na vida real, uma criança da mesma idade que a retratada no comercial
(aproximadamente 6 anos de idade) em geral não possui preocupações em relação a ter ou não um namorado, não discute relação, enfim, não tem interesse sexual pelo sexo oposto. Assim, a participação dessas crianças na mensagem publicitária contribui para introduzir essas preocupações e comportamentos precocemente na vida não só das modelos mirins, como também na de milhões de crianças que assistem à publicidade.
No meio publicitário, para se incentivar o uso de certos itens por crianças,
costuma-se utilizar crianças um pouco mais velhas do que aquele público alvo que se pretende atingir. Com isso, o comercial ora em comento atinge não apenas as crianças da faixa etária das modelos mirins, mas também crianças ainda mais novas, que tenderão a imitar os comportamentos das crianças apresentadas na mídia. Ou seja, além de estimular precocemente as crianças de seis anos de idade, a campanha publicitária atinge também crianças ainda mais novas, inserindo preocupações estranhas ao universo infantil no cotidiano de milhares de crianças no país.




http://br.youtube.com/watch?v=SxlF_CtdVyc&feature=related



COCA-COLA/ KAPPO

http://br.youtube.com/watch?v=1R7Oj4e148E&feature=related

A comunicação mercadológica dirigida a crianças — vale dizer, qualquer estratégia publicitária que se utilize de crianças modelos, bonecos,personagens infantis, personalidades conhecidas do público infantil, desenho animado, animação, etc., estabelecendo uma interlocução direta com este público alvo — é abusiva e por isso proibida e reprimida pela legislação pátria.
Considerando-se, portanto, que não apenas o comercial televisivo dirigido às crianças é publicidade, merece destaque o fato de que a Coca-Cola insere, em sua estratégia de comunicação mercadológica para a venda dos sucos, desde comerciais televisivos, até banners, revistas em quadrinhos e sites na internet. Assim, a criança é intensamente atingida por diversas formas de publicidade e sente-se envolvida com o produto, desejando-os ao associá-los com brincadeiras e desenhos animados, interessando-se muito mais por estes produtos do que pelos próprios sucos comercializados. Vale reforçar que atrelar a publicidade dos sucos a passatempos e personagens caros ao
Imaginário infantil é também uma estratégia de merchandising adotada para
Induzir e atrair crianças ao consumo de produtos, como forma de aumentar as vendas.



SUSY
http://br.youtube.com/watch?v=7LU3BeLz1cg

Isso porque tanto o comercial como o site são dirigidos
explicitamente ao público infantil, incitando o consumismo mediante apelos
diretos ao consumo. Também se instiga, constantemente, a erotização precoce e o adiantamento de fases da vida adulta, seja pela inserção precoce
no mercado consumidor, seja pela indução a preocupações e hábitos do
mundo adulto, como, por exemplo, preocupação exagerada com a aparência e
com a possibilidade de atração do sexo oposto.


BOBS E BURGER KING

http://br.youtube.com/watch?v=SKhbXIeRfdQ

É importante ressaltar, desde logo, que é vedada a compra dos brinquedos
em separado aos produtos alimentícios — ou seja, para se adquirir os brinquedos,
só disponíveis para a venda nas lojas das Representadas, é necessário que o
lanche seja consumido. Em razão disso, perceber-se-á, como demonstrado a
seguir, que tal prática comercial não é nem legal, nem ética, seja porque
promove a venda casada, seja porque se t rata de estratégia de venda dirigida ao
público infantil.
As promoções “ Trikids” e “ Lanche BKids” oferecidas pelas empresas ora
Representadas aliam brinquedos exclusivos à venda de seus alimentos, sendo que
tais brinquedos, frise-se, não podem ser adquiridos independentemente dos
alimentos. Ressalte-se que os brinquedos são invariavelmente colecionáveis e
alternam-se com certa periodicidade, estimulando as crianças a adquirirem
sempre mais promoções, a fim de obter e completar todas as coleções ofertadas.


SANTA FÉ

http://br.youtube.com/watch?v=wXI0GXiUlng

Não há dúvidas de que a publicidade em questão viola diversos dispositivos
legais, assim como atenta contra valores éticos e morais da sociedade.
O filme explora a questão da sexualidade, apresentando o bebê como um
‘gatão’ que conquista sua ‘gatinha’ – representada por uma bebê igualmente nas
fraldas – quando, sabe-se, nessa idade as crianças não têm qualquer necessidade ou
busca por esse tipo de relacionamento.
Além disso, passa valores distorcidos, tenta incutir a idéia de que só se dá
bem quem ‘tem’ e não quem ‘é’. Ao apresentar o bebê desfilando,
desafiadoramente, dirigindo um carrão e na primeira oportunidade dando carona
para uma bebê, passa a mensagem de que, com um carro potente e bonito o
telespectador consumidor certamente conseguirá conquistar o sexo oposto e, por isso
tudo, sentir-se-á vitorioso. Não é à toa que o bebê consegue manobrar sua prancha
de surfe com invejável maestria.



HOT WHEELS


http://br.youtube.com/watch?v=24ykt4ZG0zA&feature=related
No comercial, a diversão incitada é chocar carros uns contra os outros, e diz-se vencedor da brincadeira “quem jogar o outro carro para fora da pista.” Ao final, um menino visualmente jovem diz, com agressividade: “vai encarar?”. Há referência ao site de Hot Wheels, no qual jogos eletrônicos e brincadeiras sugerem a aquisição de produtos Hot Wheels. A página da internet se revelou, então, um instrumento para a promoção de vendas, e não para entretenimento infantil. Diante de visível estímulo à violência e ao desrespeito às regras de trânsito, bem como outras condutas abusivas constatadas, o Instituto Alana, por meio do Projeto Criança e Consumo, em 28 de julho de 2008 promoveu denúncia perante o CONAR, denunciando o comercial televisivo e o site, que se dirigem eminentemente ao público infantil e incitam a violência e o desrespeito às regras sociais. O Conselho, em despacho, decidiu por recomendar a sustação do comercial e do site de internet.

http://br.youtube.com/watch?v=gybTOikzDlQ&feature=related


MARISOL


ABUSE E LAMBUZE

O outdoor em discussão apresenta uma menina, aparentemente com 4 ou 5 anos de idade, deitada de lado em uma
espécie de divã, trajada de saia e com as pernas levemente cruzadas.
Em sua mão, traz um doce envolto por açúcar, o que seria a causa das
marcas brancas no entorno de sua boca. Referida imagem é ainda
acompanhada pela frase ‘Use e se lambuze’ (doc. 4).

Erotização precoce
Como facilmente pode ser notado, a criança apresentada na
publicidade encontra-se em uma posição sensual e erotizada, cuja
imagem remonta, em uma espécie de paráfrase, às cenas de mulheres
adultas em poses semelhantes, tendo o divã como um objeto muito
simbólico. Isso sem falar na assinatura da publicidade, com a frase ‘Use
e se lambuze’ que acompanha a imagem da criança.
Para se ter uma melhor dimensão do problema do que a imagem
da menina tal qual apresentada pode representar, vale ser feito um
exercício mental pelo qual se troca a menina por uma modelo adulta na
mesma posição e vestimenta, com a boca propositadamente envolta por
um açúcar branco e com a frase ‘Use e se lambuze’. Ora, nesse caso, o
anúncio seria única e facilmente reconhecido pelo apelo erótico – e
vulgar.
Mais sendo a marca Lilica Ripilica muito difundida perante o
público feminino infantil, é importante atentar-se para o impacto dessa
publicidade, com esse apelo exageradamente erotizado, também no
público infantil, ainda em desenvolvimento e, portanto, muito vulnerável.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

BRASIL

Projetos de energia limpa atraem investidores japoneses

Os projetos de energia renovável da América Latina estão despertando a atenção de empresas japonesas. O Japão é um dos países que, preocupado com o aquecimento global, já ratificou o protocolo de Kyoto e, além de estar implantando um plano de redução de gases de efeito nocivo à camada de ozônio, começa a analisar projetos cujos investimentos tenham como retorno dos créditos de carbono, beneficiando o país. No plano interno de redução dos gases de efeito estufa, o Japão já aderiu à mistura do álcool à gasolina. De olho no setor canavieiro, onde se concentra a maior parte dos pequenos e médios empreendimentos de energia renovável, empresas japonesas do setor elétrico convidaram o representante brasileiro da Econergy, especializada em soluções financeiras inovadoras voltadas a empreendedores de tecnologias limpas, Marcelo Schunn Diniz Junqueira, para iniciar as negociações dos investimentos no Brasil. "O Brasil pode receber investimentos de aproximadamente US$ 20 milhões apenas com o potencial das pequenas e médias empresas de energia renovável, explica Marcelo. "Existe um grande interesse destas instituições em atuar tanto na redução da emissão de gases de efeito estufa através da mistura de álcool na gasolina como em adquirir créditos de carbono gerados em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em países como o Brasil. Muito embora a mistura do álcool na gasolina seja uma medida ainda dependente de soluções político-econômicas, a compra dos créditos de carbono já começou", diz.Créditos de Carbono
O cálculo de engenharia para disponibilizar créditos de carbono no mercado varia de acordo com a tecnologia empregada pelo projeto e o cenário de referência a que cada um deles é comparado. De qualquer forma, a não-emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera é convertida em toneladas equivalentes de gás carbônico (tCO2e). Para projetos implementados no Brasil, essa tonelada é chamada de Redução Certificada de Emissão (RCE). De acordo com Marcelo Junqueira, a comercialização de Créditos de Carbono deve representar um movimento de cerca de U$ 1 milhão por ano para os países em desenvolvimento, principalmente Brasil, China e Índia.O Brasil, de modo geral, deve ser um grande beneficiário desse novo mercado, onde as usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo têm condições de disputar uma grande fatia.Sua área agricultável é enorme e a sua produção de energia limpa tende ser cada vez maior.Além da biomassa para a produção de eletricidade, também podem obter créditos de carbono para comercialização os investimentos em pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), projetos de eficiência energética, aterros sanitários, energia solar, energia eólica ou qualquer projeto que diminua o consumo de combustíveis fósseis ou evite a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.(Ateliê da Notícia).



Colômbia

A cafeicultura colombiana tem grande expressão e importante força política no país. O café é reconhecido como um símbolo nacional e conta com programas de divulgação internacional desde a década de 1960. A atividade recebe apoio governamental constante, por envolver diretamente mais de 550.000 famílias e também por ser uma alternativa reconhecida à produção de matéria-prima para drogas ilícitas - o que, inclusive, propicia tratamento preferencial às importações de café industrializado colombiano, tanto nos EUA como na União Européia.
Devido à baixa latitude, as estações do ano não são bem definidas na Colômbia. Esta condição propicia a ocorrência de múltiplas floradas nos cafezais, fazendo com que a safra do país se estenda por praticamente todo o ano, com a colheita principal indo de outubro a janeiro e a secundária, “mitaca”, de abril a julho. Dada à presença de frutos maduros nas árvores durante boa parte do ano, a praga-chave da cafeicultura do país é, hoje, a broca, que superou a ferrugem em importância. Além da longa safra, o predomínio de topografia acidentada também faz com que a colheita seja manual e seletiva, com forte demanda de mão-de-obra, cuja disponibilidade tem sido restrita nos últimos anos.
O objetivo de aumentar as exportações de cafés especiais para 2 milhões de sacas, envolvendo 10.000 cafeicultores adicionais nos programas de cafés sustentáveis, com meta, para 2011, de que 40% das exportações de café do país sejam com valor agregado.

O consumo interno na Colômbia, que chegou a 2 milhões de sacas, em 1985, está estabilizado, há alguns anos, na casa de 1,2 milhões de sacas por ano, sendo suprido em boa parte com produto abaixo dos padrões mínimos adotados para exportação. Por outro lado, houve uma evolução na qualidade do café colombiano, graças ao abandono da produção em regiões menos propícias e à evolução nas técnicas de cultivo, no controle da broca e no pós-colheita. Com isso, houve diminuição do volume dos cafés não-exportáveis, o que determinou a necessidade de importação de cafés mais baixos, do Peru e do Equador, que fornecem a grande maioria das cerca de 400 mil sacas compradas anualmente.
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=18104

Aproximação comercial entre Brasil e Colômbia envolverá o setor
Sucroalcooleiro

Brasil e Colômbia caminham para estreitar seus laços comerciais. Os entendimentos, envolvendo inclusive
iniciativas no setor sucroalcooleiro, ganharam peso durante a visita oficial do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao país vizinho, na semana do dia 19 de julho. A UNICA representou as empresas brasileiras do setor durante o evento que ocorreu paralelamente à agenda oficial do presidente, o “Seminário Brasil-
Colômbia – Novas Fronteiras de Negócios”, que contou com a participação de mais de 340 empresários de ambos os países.
Tendo os biocombustíveis na agenda de seu presidente Álvaro Uribe, a Colômbia já está utilizando a mistura E10 (10% de etanol em 90% de gasolina) em praticamente 70% do território nacional. A meta é chegar a 2012 com 100% da frota do país adaptada ao E20 (20% de etanol). De acordo com Carolina
Costa, relações públicas da UNICA e que foi palestrante no evento, os
colombianos enxergam o Brasil como um parceiro para a produção de etanol.
“O Brasil nos ensinou a produzir o etanol”, disse o presidente Uribe. “Seguindo o exemplo do Brasil, a Colômbia hoje tem uma indústria sucroalcooleira. E este é um setor-chave para o desenvolvimento social e rural”, argumentou o presidente colombiano. A tecnologia brasileira para a produção de etanol é um dos pontos em que pode haver negócios entre as empresas dos dois países.
Em seu discurso, o presidente Lula afirmou que o mundo está sofrendo com a alta do petróleo, mas que há alternativas. “Países como Colômbia e Brasil podem enfrentar este desafio em função do consumo e produção eficiente de etanol”, disse o presidente brasileiro. “O Brasil quer colaborar e cooperar com a
Colômbia no setor de biocombustíveis, além de mostrar ao mundo as vantagens sociais, econômicas e ambientais do etanol de cana”. Lula ressaltou ainda que o dilema entre “energia e alimento” é falso e que
os países desenvolvidos devem uma explicação sobre o porquê da alta do preço do petróleo.
Já o presidente colombiano reconheceu o apoio brasileiro na área de biocombustíveis e enfatizou que a produção de etanol não interfere na produção alimentar tanto na Colômbia como no Brasil. Uribe propôs a criação de um documento conjunto das boas práticas nos setores sucroalcooleiro brasileiro e colombiano. “O fomento da indústria de biocombustíveis na Colômbia significa desenvolvimento social”, disse Uribe. “O governo da Colômbia trabalha para que no futuro toda a frota de veículos leves do país seja com tecnologia flex-fuel”.

NICARÁGUA



Nicarágua pretende iniciar produção de etanol e bioeletricidade com uso de cana-de-açúcar



Mais um país que não dispõe de usinas de cana-de-açúcar, atualmente, busca no Brasil a tecnologia para iniciar a sua produção própria. Nesta segunda-feira (21/07/2008), foi o prefeito de Manágua, capital da Nicarágua, que veio à UNICA atrás de informações sobre a geração de biocombustível e bioeletricidade nas usinas de cana-de-açúcar.
Dionísio Marenco encontrou-se com o presidente da UNICA, Marcos Jank, que contou a história do setor sucroalcooleiro do Brasil, destacando a importância do lançamento do Proálcool nos anos 1970 e, mais recentemente, do início da fabricação e comercialização dos carros Flex-Fuel, que rodam com etanol ou
qualquer mistura do biocombustível com gasolina. “Espero que esta visita traga resultados concretos para o início da indústria sucroalcooleira nicaragüense”,
afirmou o presidente da UNICA. “Somente quando mais e mais países passarem a ser produtores e exportadores de etanol, conseguiremos fazer deste biocombustível uma commodity global”, argumentou Jank, acompanhado do diretor de Comunicação Corporativa da associação, Adhemar Altieri, e da
Relações Públicas, Carolina Costa. A intenção inicial dos nicaragüenses é instalar uma indústria de etanol de cana para fornecimento do biocombustível aos outros países do Caribe e também para os Estados Unidos. Além disso, a capacidade de gerar eletricidade para consumo no país é outro fator de estímulo à implantação de usinas de cana-deaçúcar. O roteiro da visita de Marenco incluiu ainda a usina Vertente, do Grupo Moema, nas proximidades de São José do Rio Preto (SP), onde os nicaragüenses puderam conhecer os processos de cultivo e industrialização da cana, especialmente a geração de etanol e bioeletricidade.

http://www.udop.com.br/download/unica/not_2136.pdf


A Nicarágua é um dos países mais pobres da América Latina. Quase 48% da população vivem abaixo do limiar de pobreza e cerca de 17% numa situação de miséria extrema. A população mais pobre concentra-se em grande parte nas zonas rurais (onde há cerca de 70% de pobres contra 30% nas zonas urbanas) e na região central do país (onde habitam 47% das pessoas extremamente pobres).

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Legenda de siglas/ curiosidades

“Na sociedade de consumo, as pessoas compram o que não precisam, com o
dinheiro que não têm, para impressionar pessoas que não conhecem.”

Autoria desconhecida

CONSENSO

Assim como não existem recursos naturais suficientes para oferecer o mesmo
padrão de consumo de um americano médio para toda população mundial, o planeta Terra
também não é capaz de absorver toda a poluição e degradação que seria gerada por esse

aumento de produção e consumo dos padrões atuais.

NO BRASIL

.A desigualdade no Brasil tem duas faces: por um lado, o consumo irracional,
o desperdício; e por outro, as frustrações pessoais e a violência que resultada impossibilidade de participar desse novo mundo.
ECO 92 evento que também discutiu planos para o desenvolvimento sustentável.

PNUMA (programa das Nações Unidas para o meio ambiente), estabelecido pela ONU em 1972. O conceito de P+L, foi definido pelo PNUMA,no inicio da década de 1990, como aplicação continua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços com o intuito de aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos ao homem e ao meio ambiente. Esse conceito foi ampliado por pressão das ONGs, consumidores, da competitividade do mercado e de novos instrumentos de políticas públicas.Então produção sustentável é a evolução do conceito de P+L.

WWF:A missão da WWF é contribuir para que a sociedade brasileira conserve a natureza harmonizando a atividade humana com a conservação da biodiversidade e com o uso racional dos recursos naturais, para o beneficio dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. Ele é uma organização brasileira que desenvolve atividades que contribuem efetivamente para a conservação da riqueza natural do Brasil e para o desenvolvimento sustentável do país.
Debater propostas de estratégias de conservação da biodiversidade também faz parte das atribuições da WWF, que em 2007 organizou e participou de congressos e seminários para o intercâmbio de experiências nos níveis, regional, nacional e internacional.
CEPAL(Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe)
ARPA é considerado o maior programa de conservação da biodiversidade de florestas tropicais do planeta, coordenado pelo ministério do meio ambiente e implementado pelo instituto Chico Mendes de conservação da biodiversidade. ( programa de áreas protegidas da Amazônia) BRASIL

ASPEC (associação peruana de consumidores e usuários) PERU
FUNBIO ( fundo brasileiro para biodiversidade) BRASIL
GEF (fundo global para o meio ambiente) PROGRAMA DAS NAÇOES UNIDAS
ANDA (administração nacional de redes de saneamento), EL SALVADOR
ODM (objetivos do desenvolvimento do milênio) EL SALVADOR
CETESB (companhia de tecnologia de saneamento ambiental) BRASIL
CEIDRA (Centro de Estudos e Investigações do Direito Rural e Reforma Agrária) PARAGUAI
SAG (Sistema Aqüífero Guarani)
MMA –(Ministério do Meio Ambiente)

DEMA (Departamento Economia e Meio Ambiente)

CUBA
Graças ao alto nível de alfabetização e a alta expectativa de vida, Cuba é um país com o nível mais baixo de consumo de energia no mundo, segundo os estudos apresentados em Pequim.






O conceito de consumo sustentável ou consumo consciente está diretamente ligado ao meio ambiente!
http://br.youtube.com/watch?v=7XNTGUPrEvs

consumo consciente

O quer fazer para um consumo consciente:
Água
Economize no banheiro
Elimine os vazamentos
Não deixe uma torneira pingando
Use a vassoura, e não a mangueira, para varrer a calçada
Use os dois lados de uma folha de papel
Instale torneiras com sensores automáticos
Use uma bacia para lavar a louça
Escove os dentes com a torneira fechada
Diminua o tempo do banho
Alimentos
Faça o alimento durar mais
Produtos regionais são muito gostosos
Prefira produtos da estação
Aproveite as partes boas de verduras e legumes
Não jogue fora as sobras
Cuidado ao manipular os alimentos
Faça o cardápio da semana
Não se preocupe com a aparência dos alimentos
Reciclagem
Evite mercadorias com muitas embalagens
Compre produtos ambientalmente corretos
Compre somente o necessário
Exerça sua cidadania e cobre providências dos governantes
Separe corretamente o lixo para reciclagem
Economize papel
Não jogue no lixo o que você pode doar
Compacte o lixo, antes de jogá-lo fora
Evite o desperdício de alimentos
Leve sua própria sacola ao fazer compras
Energia
Faça economia com a geladeira
Economize energia ao lavar e passar a roupa
Ilumine sua casa sem desperdício
Use o ar-condicionado com moderação
Evite usar aparelhos elétricos ou eletrônicos no horário de pico
Diminua o tempo do banho
Gaste menos combustível com o carro
Deixe o carro na garagem um dia por semana
Prefira equipamentos com selo Procel

A falta de “realismo ecológico” transparece em diferentes parâmetros, do cálculo empresarial às decisões políticas internacionais. Este fato pode ser percebido no balanço energético negativo de diferentes atividades produtivas no mundo moderno, no qual a quantidade de energia despendida no processo de produção é muito superior à obtida com os produtos resultantes desse processo. Formas tradicionais de produção agrícola, como o cultivo de arroz em campos alagados do Sudeste Asiático, podem colher 50 vezes mais energia, sob a forma de alimento, do que a energia empregada no cultivo. No capitalismo industrial não é raro encontrar atividades em que o processo produtivo consome três vezes mais energia do que a gerada pelo produto. É o caso da produção industrializada de carne, com seu consumo intenso de ração, produtos químicos e eletricidade. A pesca em alto mar em navios frigoríficos apresenta um balanço ainda mais negativo de 20 para 1 (Ponting, 1991 : 292). www.tierramerica
TERRAZUL
O Instituto Terrazul foi fundado em 1999 como uma organização sócio-ambiental. E atualmente chama-se Associação Civil Alternativa Terrazul. Está sediada em Fortaleza, no Estado do Ceará, no Brasil. nossa missão Contribuir para a construção de uma consciência critica e ambiental junto aos movimentos organizados na busca por outra sociedade: sustentável!

BRASIL

Um outro consumo é possível

terça-feira 16 de setembro de 2008 por Comunicação Terrazul
A cultura do capital gerou um consumismo que está na base da fome de bilhões de pessoas e da atual falta de alimentos da humanidade. Para mudar essa situação, Leonardo Boff sugeriu algumas características para o consumo humano. Segundo Boff, o consumo deveria ser adequado à natureza do ser humano, justo, eqüitativo, solidário, responsável e realizador da integralidade do ser humano.
Na tentativa de passar esses e outros conhecimentos acerca do consumo, a Associação Alternativa Terrazul, em parceria com o Instituto Palmas e a Cáritas Brasileira, apoiados pela Secretária de Desenvolvimento Econômico (SDE), executa, em Fortaleza (Ceará, região Nordeste), o Programa Trabalho Comunitário Solidário. O programa trabalha a cadeia produtiva da Economia Solidária, desde a produção, comercialização e moeda social até a outra ponta da cadeia: os consumidores.
É com o intuito de formar e organizar estes consumidores que A Terrazul coordena o projeto Fomento ao consumo Sustentável envolvendo 14 comunidades de Fortaleza com o objetivo de construir uma Liga de Consumidores e Consumidoras Consciente. Através de oficinas de Consumo Sustentável e Direito do consumidor, a Construção de um Biomapa das comunidades, Campanhas de consumo coletivo e lutas por seus direitos e a organização destes consumidores e consumidoras, que a Terrazul, somada as 14 comunidades, visa contribuir para a construção de sociedades responsáveis e socialmente justas.
Dentro desse programa, o Terrazul coordena o projeto Fomento ao Consumo Sustentável, que envolve 14 comunidades de Fortaleza, com o objetivo de construir uma Liga de Consumidores e Consumidoras Consciente. São oferecidas oficinas de sensibilização das comunidades, de formação em consumo consciente, sobre direito do consumidor e biomapa (mapa da vida), além da realização de um diagnóstico participativo da comunidade.
"O Terrazul já tem um histórico na discussão do consumo consciente nos movimentos sociais e grupos de Fortaleza. Essa questão é muito importante para podermos repensar nossas práticas e costumes em relação às nossas atitudes. Percebemos que havia a necessidade dessa discussão para sensibilizarmos a população para o consumo sem prejudicar o meio ambiente e garantir que todos e todas tenham acesso a produtos e serviços que atendam às suas necessidades básicas", afirma Fernanda Rodrigues, coordenadora do projeto Fomento ao Consumo Sustentável.
As comunidades envolvidas no projeto são: Rosalina, Genibaú, Parque Santana, Praia de Iracema, Conjunto Palmeiras, Granja Portugal, Dendê, Planalto Airton Senna, Lagamar, Planalto Vitória, Conjunto Ceará, Santa Maria, Santa Rosa. "Elas foram escolhidas por serem comunidades onde existe algum tipo de organização social tanto por meio de grupos produtivos como de associações comunitárias", explica Fernanda.
Segundo a coordenadora, as comunidades receberam a proposta com curiosidade, refletindo sobre a possibilidade de uma formação política e transformadora para um novo hábito de consumo, constituindo-se em uma ação de fortalecimento para a comunidade. O projeto difunde princípios que buscam a construção de práticas de consumo e costumes para uma sociedade sustentável, baseados na justiça ambiental, equidade social e valores democráticos. "O consumidor consciente deve sempre buscar produtos e serviços ecologicamente corretos e socialmente justos", ressalta. Especiais / Amazônia
10/11/2008
São Paulo busca soluções para evitar colapso socioambiental
Debates realizados na capital paulista para discutir a crise socioambiental no Brasil destacam desmatamento e exploração não sustentável da Amazônia

A cidade de São Paulo foi palco de vários encontros envolvendo representantes do governo, organizações não governamentais, empresas, profissionais de comunicação e sociedade civil para discutir e mostrar como a as relações sociais, econômicas e ambientais no Brasil estão impactando negativamente a sustentabilidade do planeta.
Como era de se esperar, o desmatamento e a exploração não sustentável da região amazônica dominou os debates. Afinal, São Paulo é o maior centro urbano do país e o maior consumidor, processador e distribuidor dos produtos extraídos da Amazônia como madeira, carne e soja.
Ao governo, coube a exposição de medidas a serem adotadas para a preservação e exploração sustentável da Amazônia. As medidas foram anunciadas pelo Ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, durante o evento “Amazônia: Dilemas e Oportunidades”, promovido pela Câmara Americana do Comércio (Amcham).
O Movimento Nossa São Paulo e o Fórum Amazônia Sustentável, organizaram o seminário “Conexões Sustentáveis: São Paulo – Amazônia”, iniciativa da qual o Instituto Akatu participa, para discutir o viés socioambiental das relações comerciais entre as duas regiões.
A jornada continuou com o “Encontro Latino Americano de Comunicação e Sustentabilidade” promovido pelo Instituto Envolverde.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O QUE É CONSUMO SUSTENTÁVEL?
Entende-se por consumo sustentável aquele que atende as necessidades das gerações atuais, sem prejudicar as gerações futuras. Saber aprimorar suas escolhas, optando por produtos ecologicamente corretos e socialmente justos!
Nos países em desenvolvimento, além de não causar prejuízos ao meio ambiente, consumo sustentável também significa garantir que todos tenham acesso ao consumo de produtos e serviços que atendam suas necessidades básicas de consumo.
Enquanto consumo é a aquisição de produtos e serviços necessários para a manutenção da vida do indivíduo, consumismo é a aquisição de produtos e serviços não raras vezes supérfluos, de maneira irrefletida. Fomentado exclusivamente pelo desejo de possuir, ou atendendo aos apelos das propagandas.
O nível e o estilo de vida, torna-se o principal indicativo de identidade do sujeito indicando inclusive o nível de aceitação no diversos grupos. O ter torna-se muito mais importante que o ser. O consumo deixa de ser um direito, passando para condição de dever. Isso é um efeito do capitalismo, um grande problema da sociedade contemporânea.
O consumismo emergiu na Europa Ocidental no século XVIII, e espalhou-se por todo o mundo. O inicio do século XXI, exibe enormes inovações que nos afetam como consumidores, a globalização, o desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, o comercio através da internet, a biotecnologia, o debate ambientalista, etc, ao mesmo tempo, reações e protestos ao consumismo exigem uma nova conduta do consumidor.
As mudanças climáticas, o desaparecimento de espécies, a contaminação e o desgaste do solo, a poluição do ar e da água estão diretamente ligados ao consumismo.

O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

É preâmbulo da constituição da República Federativa do Brasil de 1988:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
A Constituição brasileira, ao estabelecer como objetivos fundamentais do país:
A construção de uma sociedade livre, justa e solidária;
A garantia do desenvolvimento nacional;
A erradicação da pobreza e da marginalização;
A redução das desigualdades sociais e regionais;
A promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; admite a existência de desigualdades sociais, econômicas e culturais e a necessidade de uma atuação conjunta da sociedade e do Estado para atingir tais objetivos.

A dimensão ecológica do processo de produção e consumo, o papel do mercado, a importância do desenvolvimento econômico para se alcançar internamente um patamar mínimo de justiça social e (de justiça ambiental), são temas da ordem
econômica constitucional brasileira, que conduzem à reflexão acerca da necessária
prática de relações de consumo ambientalmente sustentáveis.
A Carta Magna dispõe que a ordem econômica brasileira é fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa e tem por objetivo assegurar a todos uma vida pautada na dignidade, conforme prevê a justiça social. Para atingir essa meta, tem por princípios, dentre outros, a defesa do consumidor e do meio ambiente (art. 170, incisos V e VI).

O QUE É AGENDA 21?

Agenda 21 é um documento que foi produzido, em 1992, durante a conferência das nações unidas, no Rio de Janeiro. Esse documento, explicita a preocupação com o impacto ambiental de diferentes estilos de vida e padrões de consumo. Desse documento, surgiu o conceito de consumo sustentável à partir do termo desenvolvimento sustentável.
A agenda 21 relata as principais ações que deverão ser tomadas pelos governos para aliar a necessidade de crescimento dos países com a manutenção do equilíbrio do meio ambiente. Os principais temas desse documento, falam justamente sobre as mudanças no padrão de consumo, manejo ambiental dos resíduos sólidos e saneamento e abordam ainda o fortalecimento do papel do comercio e da indústria.
“Enquanto a pobreza tem como resultado determinados tipos de pressão ambiental, as principais causas da deterioração ininterrupta do meio ambiente são os padrões insustentáveis de consumo e produção, especialmente nos países industrializados. Motivo de séria preocupação, tais padrões de consumo e produção provocam o agravamento da pobreza e dos desequilíbrios.” (capitulo 4 da agenda 21)

CONSUMO SUSTENTÁVEL NOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA


CUBA

Desde 1993 Cuba vem fazendo grandes progressos na área de biotecnologia, tendo obtido registro de suas patentes e direitos de sua exploração comercial nos EUA. Sua vacina contra hepatite B é vendida em 30 países do mundo. Em 1994, o ingresso de divisas em Cuba através da exportação de biotecnologia alcançou a cifra de 400 milhões de dólares e se estima que no futuro poderia ser maior que o do açúcar.
A biotecnologia cubana já gerou mais de 600 patentes para drogas novas e inovadoras como vacinas, proteínas recombinantes, anticorpos monoclonais, equipamento médico com software especial, e sistemas de diagnósticos. Cerca de sessenta outros produtos estão nos estágios finais de pesquisa.
Cuba desenvolveu uma considerável capacidade de pesquisa (científica), talvez maior que a de qualquer outro país em desenvolvimento fora do sudeste asiático. Nature, vol. 436, issue 7049 (July 2005).
Energia elétrica
Com a crise iniciada em 1989 - e até 2004 - o país sofreu muito com a falta crônica de eletricidade, devido à insuficiência de recursos financeiros do estado cubano para modernizar e ampliar as suas termoelétricas e suas linhas de transmissão, carentes de expansão para atender ao crescimento da demanda de energia elétrica, que aumenta, em média, 7% ao ano. Os chamados apagões chegaram a durar 16 horas, e foram uma constante na vida do povo cubano. Conforme declarou Achim Steiner, diretor executivo do Programa de Meio-Ambiente das Nações Unidas, em 2007: " Cuba conseguiu resolver seu frustrante problema de falta de energia elétrica, sem para isso sacrificar seu empenho de longo prazo em promover o uso de combustíveis inofensivos ao meio ambiente"[40]. (...) "A rede elétrica cubana ainda depende muito de ineficientes reatores a gás, e poluentes geradores movidos a diesel, mas o governo comunista está tomando medidas importantes no sentido de desenvolver energia solar e energia eólica, bem como energia gerada por etanol da cana de açúcar." Não obstante, no início de 2007 o governo cubano pôs em operação 4.158 novos geradores a diesel, que custaram US$ 800 milhões e têm capacidade total de gerar 711.811 kW, como uma medida emergencial para reduzir os apagões.
WWF aponta Cuba como único país com desenvolvimento sustentável

Segundo Antonio Broto Pequim, 24 out (EFE).- Cuba é o único país do mundo com desenvolvimento sustentável, segundo o relatório bienal apresentado hoje pela organização WWF em Pequim, e que afirma que o ecossistema "está se degradando a um ritmo sem precedentes na história".De acordo com o relatório, elaborado pela WWF a cada dois anos e que foi apresentado pela primeira vez na capital chinesa, se as coisas continuarem como estão, por volta de 2050 a humanidade precisaria consumir os recursos naturais e a energia equivalente a dois planetas Terra.É um círculo vicioso: os países pobres produzem um dano per capita à natureza muito menor, mas, à medida que vão se desenvolvendo (exemplos de China e Índia), o índice vai aumentando a níveis insustentáveis pelo planeta.A WWF elaborou em seu relatório um gráfico no qual sobrepõe duas variáveis: o índice de desenvolvimento humano (estabelecido pela ONU) e o "rastro ecológico", que indica a energia e recursos por pessoa consumidos em cada país.Surpreendentemente, apenas Cuba tem nos dois casos níveis suficientes que permitem que o país seja considerado que "cumpre os critérios mínimos" para a sustentabilidade."Não significa, certamente, que Cuba seja um país perfeito, mas é o que cumpre as condições", disse à Efe, Jonathan Loh, um dos autores do estudo."Cuba alcança um bom nível de desenvolvimento, segundo a ONU, graças a seu alto nível de alfabetização e expectativa de vida bastante alta, enquanto seu 'rastro ecológico' não é grande, por ser um país com baixo consumo de energia", acrescentou Loh, que apresentou o estudo em Pequim.De fato, a região latino-americana em geral parece ser a que está mais perto da sustentabilidade, já que outros países como Brasil ou México estão perto dos mínimos necessários, frente à situação de regiões como África - com baixo consumo energético, mas muito subdesenvolvida - e Europa - onde ocorre o inverso."Não sei exatamente a que se deve este fato (a boa situação da América Latina), mas é possível perceber que é ali onde as pessoas parecem mais felizes, e talvez se deva ao maior equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente", disse o autor do estudo.Apesar das boas vibrações transmitidas pelo bloco latino, a situação global mostrada pelo relatório da WWF é desanimadora. Por exemplo, o número de espécies de animais vertebrados caiu 30% nos últimos 33 anos.O rastro deixado pelo homem é tamanho que "são consumidos recursos em
Tempo muito rápido, que impede a Terra de recuperá-los", disse o diretor-geral da WWF, James Leape, que também participou da apresentação do relatório em Pequim.O "rastro ecológico" do homem, seu consumo de recursos, triplicou segundo a WWF entre 1961 e 2003, por isso o ser humano já pressiona o planeta 25% a mais do que o processo regenerativo natural da Terra pode suportar.Além disso, há uma piora da situação, apesar de esforços como o Protocolo de Kioto. No relatório da WWF anterior, publicado em 2004, o impacto do homem ultrapassava em 21% a capacidade de regeneração do planeta.O novo relatório da organização coloca na "lista negra" de países com alto consumo per capita de energia e recursos os Emirados Árabes Unidos, EUA, Finlândia, Canadá, Kuwait, Austrália, Estônia, Suécia, Nova Zelândia e Noruega.O fato de o relatório ter sido apresentado na China mostra a importância que a WWF dá ao futuro da economia asiática, pois a forma como escolher se desenvolver "é fundamental para que o mundo avance rumo ao desenvolvimento sustentável".Apesar de China ser o segundo maior emissor mundial de gases poluentes, devido à grande população seu "rastro ecológico" per capita é muito baixo em comparação aos países mais desenvolvidos, o que ocorre também no caso da Índia.O especialista Jiang Yi, da universidade pequinesa de Tsinghua, disse no ato realizado em Pequim que uma das chaves para melhorar o consumo de recursos e energia na China é "desenvolver um sistema rural de equilíbrio energético" e investigar alternativas de calefação e ar condicionado para as casas chinesas.
Em julho de 2006, a repórter Daniela Estrada,responsável pela seção de consumo e meio ambiente do site “Terrazul ecologia, saúde, cidadania”, traz a seguinte informação:
América Latina: Encontro debate relação complexa entre consumo e meio ambiente
Santiago, 07/07/2006 - Organizações de consumidores da América Latina e do Caribe, reunidas desde segunda-feira na capital chilena, debateram e trocaram experiências sobre consumo sustentável, celebrando o "despertar cidadão" no Chile, mas criticando a atitude assumida até agora pelo governo e pelas empresas privadas do país. "É muito difícil mudar os hábitos de consumo das pessoas", disse Maite Cortés, do Coletivo Ecologista de Jalisco (México) no painel "Cidadania Ambiental e Consumo Sustentável", organizado na quarta-feira pela rede não-governamental Consumers International. A ecologista chegou a essa conclusão depois de trabalhar 20 anos na integração do campo com a cidade, através da venda e divulgação de produtos orgânicos.
O encontro onde Cortés falou foi parte da terceira reunião da Rede de Organizações de Consumidores da América Latina e do Caribe, que começou segunda-feira e termina hoje, com o objetivo de trocar experiências em consumo sustentável de Cuba, Equador, México, Peru, Costa Rica, Argentina e Chile. Esta rede foi criada em razão do projeto Cidadania Ambiental Global, financiado há três anos pelo Fundo para o Meio Ambiente (GEF) e executado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A iniciativa também contempla outras cinco redes, integradas por rádios comunitárias, autoridades locais, igrejas, parlamentares e educadores, através das quais se busca criar e aumentar o compromisso ambiental da população, incentivando o consumo sustentável.
Cada uma baseia seu trabalho em quatro grandes temas: diversidade biológica, mudança climática, deterioração da camada de ozônio e águas internacionais. Segundo explicou à IPS Luis Flores, da Consumers International, o projeto consta de três etapas: primeiro, as redes se reuniram para elaborar material educativo, depois, realizaram painéis de capacitação e difusão destes manuais, e, por fim, desenvolveram atividades demonstrativas em suas localidades de origem. "Até agora, o principal resultado foi criar a consciência, já que o nível de conhecimento destas matérias na América Latina e no Caribe é muito baixo", afirmou Flores.
Cecília Madiola, da Associação Peruana de Consumidores e Usuários (Aspec), explicou que a ainda insuficiente convocação cidadã e a escassez de fundos para realizar atividades educativas são os principais problemas que devem enfrentar organizações como a sua na América Latina. No entanto, a Aspec empreendeu, no contexto do projeto Cidadania Ambiental Global, uma série de iniciativas de capacitação nas cidades peruanas de Trujillo, Guanaco, Arequipa e na capital Lima.
Entre as atividades realizadas destaca-se um concurso de cartazes alusivos aos quatro grandes temas do projeto (do qual participaram 14 mil estudantes), a organização de passeios ciclísticos e venda de produtos orgânicos, a confecção de manual sobre consumo e mudança climática e uma maquete representando o efeito estufa. Também participaram da elaboração a Estratégia Nacional de Cidadania Ambiental. Juan Carlos Cucacovich, coordenador da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace no Chile, convidado a expor sobre a situação dos produtos transgênicos em seu país, disse que em sua terra "existe um grande distanciamento entre a cidadania e as empresas, com o decidido apoio do governo".
Como exemplo, o especialista disse à IPS que "milhares de pessoas reclamaram reiteradas vezes à Nestlé (multinacional suíça) que elimine os ingredientes transgênicos de seus produtos e deixe de ter uma política dupla no país", considerando que na Europa concordou em fazer essas alterações atendendo às mobilizações da cidadania. Segundo Cucavovich, a cidadania obteve um apoio forte dos parlamentares, que há duas semanas aprovaram na Câmara dos Deputados um projeto de lei sobre rotulagem de produtos transgênicos, que agora será examinado pelo Senado.
Desde 2004, o Greenpeace organizou numerosos e criativos atos de protesto em Santiago e outras regiões do país, que foram censurados em vários órgãos de imprensa, inclusive no canal de televisão estatal, por atacar seus principais anunciantes. "As pessoas pedem mais informação para saber o que comprar",
afirmou Cucavovich, criticando a nula acolhida que esta demanda teve no governo do presidente Ricardo Lagos (2000-2006). Precisamente, a intenção da atual presidente, Michelle Bachelet, de reverter esta situação foi comentada por Solange Daroch, chefe do departamento de educação ambiental e participação cidadã da governamental Comissão Nacional do Meio Ambiente.
Este organismo pretende, antes de 2010, "superar a desigualdade existente em relação ao acesso à informação e à participação da cidadania nas decisões ambientais, através da reformulação dos atuais instrumentos e do fortalecimento da gestão ambiental local". Até agora, graças ao projeto Cidadania Ambiental Global, este país aperfeiçoou currículos escolares, trabalha na campanha "Lar não tóxico", junto com a Organização de Consumidores e Usuários do Chile, e está afinando a política de Educação para a Sustentabilidade, entre outras iniciativas.
Entretanto, Bruno Bellati, da organização Ação pelos Cisnes, recordou à IPS o chamado "despertar da cidadania chilena", que nos últimos anos pessoas de diferentes regiões do país se organizaram para protestar contra diversos temas: desde conflitos ambientais até problemas com a educação e a delinqüência. A Ação pelos Cisnes, que hoje reúne quatro mil pessoas, nasceu em 2004 para protestar contra a contaminação do mangue do Rio Cruces, na X região de Los Lagos, que causou a morte de centenas de cisnes de pescoço negro, em razão dos dejetos lançados pela fábrica de celulose Arauco e Constitución.
Finalmente, Jorge Polimini, da Secretaria de Meio Ambiente da Costa Rica, apresentou no encontro o programa de certificação nacional, conhecido como Bandeira Ecológica, que desde 1998 é realizado pelo governo de seu país. Neste caso, a preocupação do Estado pela responsabilidade ambiental das empresas condiz com a magnitude do movimento da cidadania costarriquenha, que conta com mais de 10 mil organizações dedicadas ao assunto. A certificação é feita pelo Estado, através do Ministério do Meio Ambiente, sendo equivalente a 95% da norma ISO 14000, embora tenha validade somente dentro do país. Já foram certificadas 188 empresas (de um total de 220 que apresentaram o pedido), dos mais diversos ramos de atividade, e espera-se que o número continue crescendo nos próximos anos.

EL SALVADOR

El Salvador é um pequeno país da América Central, limitado a norte e a leste pelas Honduras, a leste pelo Golfo de Fonseca, a sul pelo Oceano Pacífico e a oeste pela Guatemala.
A população de El Salvador gira em torno de 6,2 milhões de pessoas. Cerca de 90% é mestiça (mistura de ameríndios e espanhóis), uns 9% são brancos, e somente 1% são indígenas puros. Poucos ameríndios mantiveram seus costumes, tradições e línguas.
Em 2008, a ministra das relações exteriores, Marisol Argueta,presidiu os atos protocolares do Dia Naional de El Salvador na expo Zaragoza.
Em suas declarações, Argueta fez questão de afirmar que “a água e o desenvolvimento sustentável são dois dos maiores problemas da humanidade, sobre os quais é preciso fazer algo e atuar”. A ministra elogiou os esforços da Expo por levar ao conhecimento do mundo os avanços da comunidade internacional, em relação à água e o desenvolvimento sustentável.
A ministra baseou-se na experiência da bacia hidrográfica do rio Lempa, “fonte de vida dos salvadorenhos, sua conservação é especialmente importante”. El Salvador vem colaborando há alguns anos com a Guatemala e com Honduras em um projeto de solidariedade (Plano Trifinio) na região do Alto Lempa, do qual um total de 45 municípios dos três países (sendo oito deles de El Salvador) têm se beneficiado, com o “exemplo do manejo sustentável” do recurso hídrico.
“A gestão do meio-ambiental e hídrica é uma prioridade em nossa nação”. A ministra afirmou ainda que seu governo investiu US$ 12,5 milhões em projetos ligados à água potável e ao saneamento básico, beneficiando mais de 24 mil famílias com o acesso à eletricidade e à água tratada na área rural. “Esperamos atingir 88 mil famílias em 77 municípios”. Para a representante salvadorenha, “muitas destas conquistas não seriam possíveis sem a cooperação internacional, que marca a diferença e permite que El Salvador se enquadre no caminho do desenvolvimento sustentável”.
Seus desafios em relação à água:- O incremento da cobertura dos serviços de água potável e saneamento básico, apesar dos esforços realizados pelas últimas administrações, ainda continua baixo, 82% e 62%, respectivamente. Mais grave ainda é a falta de tratamento das águas residuais.
Cerca de 90% do volume de água de todo o país está contaminado, sendo que tanto indústrias quanto centros urbanos despejam seus resíduos nos rios sem nenhum tipo de tratamento.
El Salvador possui 360 rios, sendo que a bacia hidrográfica do rio Lempa é a mais importante, ocupando 49% do território. Este rio é compartilhado com Honduras e com a Guatemala, sendo que 56% de sua extensão localiza-se em El Salvador. Outras bacias hidrográficas importantes são Paz, Jiboa e Grande de San Miguel.
No curso do Lempa estão instaladas quatro represas hidroelétricas que produzem 35% da energia do país. Deste rio são extraídos 60 milhões de m3 de água para o tratamento e o consumo humano.
O Parque Nacional “El Imposible”, que possui 3.800 hectares, também conhecido como “o último refúgio” para muitas espécies de animais e plantas, dá origem a oito rios de El Salvador.

EQUADOR

Equador, oficialmente República do Equador, em 26 de Junho de 2008 ,conferência, países da AL discutem experiências em gestão comunitaria pela água.
Cinco casos concretos e todos voltados para um mesmo objetivo: a gestão comunitária da água e seu acesso aos setores mais desfavorecidos.
Jeanneth Villaroel, do Ajuda em Ação, iniciou sua palestra explicando o trabalho desenvolvido no Equador. A organização trabalha em um programa de acesso à água, mas também se volta para o desafio de conquistar esse objetivo nos vários ecossistemas específicos existentes no país.Cerca de 67% da população tem acesso à água, entretanto há um grande desequilíbrio entre as duas vertentes nas quais o país se divide. Villaroel afirma que há muitas instituições com poder sobre a água, o que torna praticamente impossível uma gestão eficaz. Assim, sua organização, fora o trabalho diário de facilitar o acesso à água, tem se aproximado das mesas constituintes que, há dez meses lutam para ter uma legislação eficaz em torno deste assunto diante da Nova Constituição.
Também do Equador, Bladimiro Santander, Presidente da Junta de Águas de Selva Alegra, mostrou, a partir de sua própria experiência, o sucesso da gestão comunitária da água, em um árduo trabalho que se apóia na capacitação de pessoas, bem como no estabelecimento de medidas de quantificação e classificação da água.
As experiências continuam fluindo. Rene Estuardo, da Associação Pró Água de Pueblo, na Guatemala, apresentou uma interessante conferência sobre o modelo de gestão defendido, que gira em torno da cosmo-visão que os Maias tinham sobre a água. Ele afirma que água é vida e origem da terra e da vida, e com base neste princípio fundamental, administra a distribuição do recurso natural: a água deve ser utilizada para gerar vida e não benefícios econômicos.
Por: Miguel Simón
PARAGUAI
Oficialmente República do Paraguai. O Paraguai é um dos dois países da América do Sul que não possuem uma saída para o mar, o segundo sendo a Bolívia. O nome do país é derivado da palavra guarani paraguái, que significa "de um grande rio". O "grande rio" é o rio Paraguai, que divide o pais em duas regiões, Region Oriental e Region Occidental (ou Chaco).
Como representante do Centro de Estudos e Investigações do Direito Rural e Reforma Agrária (CEIDRA), no Paraguai, Silvia González, explica o projeto Lençol Freático Guarani (por sua tradução em português), cuja extensão é do tamanho da Espanha, França e Portugal juntos. Este lençol freático seria suficiente para abastecer a humanidade durante os próximos 200 anos. No entanto, enfrenta dois problemas: de um lado, corre o risco de ficar contaminado pelo uso de pesticidas agrícolas, e por outro, as grandes corporações estão se fixando nele, a fim de torná-lo uma mercadoria e não um bem de consumo.
A jornada terminou com Varinia Rojas da Nicarágua, representante do ACICAFOC, organização atuante em toda América Central. Mediante casos concretos e exemplos de vários países, Rojas mostrou como as comunidades indígenas buscam seus próprios meios para obtenção de recursos hídricos, diante da passividade dos governos centrais.
Importante é destacar que tais iniciativas comunitárias têm levado água a cerca de 25% da população da América Central.
O subgrupo de trabalho de Meio Ambiente do Mercosul reúne-se, entre os dias 9 e 14 de abril em Assunção, no Paraguai, para discutir o protocolo comum sobre a política de produção e consumo sustentáveis.
A intenção é fechar os termos do documento que será adotado pelos países-membros (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela). "Depois de realizar consultas com outros setores do governo e da sociedade civil, o Brasil finalizou suas propostas em novembro do ano passado", diz Helio Lôbo, técnico da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. "Na reunião, em Assunção, vamos discutir as propostas dos demais países ao documento comum", completa.
Apesar de ainda não ter sido aprovado, o protocolo tem como um dos seus principais objetivos promover práticas de produção e consumo dos setores produtivos, mais particularmente das micro, pequenas e médias empresas. As definições previstas no documento são:
1) uso de produção mais limpa, por meio de uma estratégia ambiental preventiva e integrada a fim de melhorar a eficiência e reduzir os riscos de saúde;
2) integração das variáveis econômicas, ambientais e sociais na produção;
3) estímulo ao uso de bens e serviços que proporcionem qualidade de vida e ao mesmo tempo minimizem o uso de recursos naturais.
A reunião do subgrupo de trabalho contará ainda com a realização de um workshop sobre produção e consumo sustentáveis. Também deverão ser discutidos no encontro o sistema de informação ambiental, gestão ambiental de substâncias e produtos químicos, proteção e gestão da base de recursos naturais para o desenvolvimento econômico e social, além de outros temas.

Adriano Ceolin
ASCOM
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
VENEZUELA
Proposta de modificação da Venezuela:
11- Adotar medidas que garantam a disponibilidade e o acesso de nossos povos aos recursos energéticos, respeitando a soberania de cada um dos países a fim de contribuir para o desenvolvimento integral com inclusão e justiça social.
Parágrafos novos da Venezuela
11 Promover padrões de consumo e produção energéticos sustentáveis na região e contribuir para o desenvolvimento endógeno de nossos povos para erradicar a pobreza.
11Fomentar a produção e o uso de energias renováveis e não convencionais na região, complementares à energia fóssil para se alcançar um desenvolvimento ambientalmente amigável e solidário.
11 Promover e reforçar políticas públicas no setor energético, de acordo com a legislação de cada Estado, que aumentem o investimento social e a participação de todos os atores sociais, favorecendo a cooperação intergovernamental neste âmbito.
11 Desenvolver programas de pesquisa e tecnologias que gerem uma combustão ambientalmente amigável e permitam o uso eficiente dos combustíveis fósseis.
17 Promover a gestão sustentável dos recursos hídricos, com vistas a garantir o acesso à água potável e seu uso como fonte de energia para o gozo das gerações presentes e futuras.
17 Assegurar que os planos para a produção de biocombustíveis não ponham em risco a segurança alimentar de nossos povos.
24- Exortar os Governos e o setor privado a incentivar a contribuição de recursos financeiros, com o propósito de promover a transferência de tecnologia, a criação de capacidade e a divulgação de tecnologias ecologicamente sustentáveis.
URUGUAI
Com uma renda per capita anual de 7.090 dólares americanos, o Uruguai ostenta uma das maiores rendas per capita e uma das menores taxas de pobreza da América Latina, aliando a isso um índice de analfabetismo dos mais baixos da região.
Com uma população de 3,3 milhões, o país é pioneiro na América do Sul na adoção de políticas sociais e foi o primeiro da região a criar um sistema de previdência. Além de seu elevado índice de desenvolvimento humano frente aos demais países do continente, o Uruguai também é um modelo no setor de assistência aos idosos, que formam parte significativa da população.
SURINAME
Relações Bilaterais:
As relações brasileiro-surinamenses fluem com desembaraço desde a independência, em 1975, daquele país limítrofe, com o qual o Brasil compartilha a condição de vizinho amazônico e sul-americano. O relacionamento bilateral alcançou elevado nível no início dos anos 1980, quando o Brasil concedeu ao Suriname linhas de créditos destinadas às telecomunicações, à implementação de indústrias de bens de consumo e à aquisição de material bélico brasileiro.
Em 1989, o Presidente Sarney realizou visita oficial a Paramaribo, quando foi lançado o Plano de Ação, que previa vários projetos de cooperação técnica. Em 1992, o Brasil enviou missão ao Suriname, ocasião em que se expressou o comprometimento brasileiro em apoiar o Governo democrático do então Presidente Venetiaan e se reativaram cerca de trinta projetos da pauta de cooperação bilateral.

Cooperação entre o Suriname e o Brasil

Há interesse do Suriname pela cooperação brasileira em telecomunicações, educação, saúde, agricultura, energia e mineração, além de na área militar (formação e treinamento). A aproximação construída entre Brasil e Suriname tem, entre outros objetivos, o de contribuir para a crescente integração daquele país vizinho no contexto sul-americano, partilhando causas comuns como o fortalecimento da democracia, a defesa dos direitos humanos, a promoção do desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente e o combate a atividades ilícitas, como narcotráfico.
Paulo França,(consultor de economia).
COSTA RICA

A Costa Rica pode se converter no primeiro exemplo de desenvolvimento sustentável forte.SAN JOSÉ.- Os acadêmicos classificam o desenvolvimento sustentável como forte ou fraco. De uma maneira simplista, podemos dizer que ambas as estratégias fomentam a geração de rendas econômicas e sociais perpétuas, e que a diferença principal é que a primeira impõe restrições em relação ao ambiental e a outra não. Por exemplo, um desenvolvimento sustentável forte exigiria que na exploração de uma floresta natural fossem retiradas apenas as árvores maduras, aquelas que se não forem cortadas morrem de velhas, e que com essa pequena quantidade de madeira ou com o dinheiro proveniente de sua venda sejam construídas fábricas e escolas. Por outro lado, a sustentabilidade fraca assume que os recursos naturais são substituíveis uns por outros e que, portanto, pode-se cortar toda a floresta se necessário e vender toda a madeira de uma só vez para construir fábricas que produzirão a renda futura.
Buscar a sustentabilidade forte na Costa Rica é viável. O país tem a oportunidade de produzir energia renovável de forma abundante e sustentável para seu consumo e para exportar. Com uma decisão política clara de uso dos recursos renováveis, combinada com a abundância de fontes renováveis como água, vento e Sol, e com um esforço exportador liderado pelo ICE, a empresa estatal de eletricidade, a Costa Rica poderia vender energia por cerca de US$ 200 milhões anuais. A Costa Rica também pode passar de pioneira na promoção de serviços ambientais globais a líder. Por exemplo, pode continuar com a venda de certificados de dióxido de carbono, mas deve se preparar para uma nova escalada de negócios, a partir de janeiro de 2005, para o mercado europeu e para a eventual entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, que regula a emissão de gases causadores do efeito estufa. No âmbito do ecoturismo, deve promover uma certificação de sustentabilidade turística com padrões internacionais e a melhoria do manejo dos idiomas e das plataformas de informação e dos esforços de mercado. Trata-se, insisto, de passar de pioneiros a líderes, cuidar dos nichos verdes que nos distinguem e atrair visitantes e investidores capazes de pagar e reconhecer esses atributos. Por fim, em países com extensões limitadas de terra cultivável, uma expansão para o cultivo de cana-de-açúcar em grande escala quase certamente teria de ocorrer em detrimento de outros tipos de cultivo já existentes ou, pior ainda, de florestas nativas. Novas plantações de cana-de-açúcar, portanto, provavelmente enfrentariam a oposição de interesses agrícolas ou de ambientalistas.
MEXICO

No México, por exemplo, o aumento das exportações de milho para abastecer o mercado de etanol nos Estados Unidos causou um aumento de 400% no preço do produto, que é a principal fonte de alimento da população.
O modelo agrícola deve estar baseado na agroecologia e na diversificação da produção. É urgente resgatar e multiplicar experiências de agricultura camponesa, a partir da diversidade dos ecosistemas. Existem múltiplas tecnologias e conhecimentos tradicionais de produção como as agroflorestas, sistemas agropastoris, integrados e duradouros. Há também tecnologias e saberes locais de captação, armazenamento, manejo e usos de água para consumo e produção, que preservam fontes naturais.

Sustentabilidade hídrica. O México tem sérios problemas com o esgotamento de lençóis aqüíferos e a exploração exagerada de rios e lagos. Esse problema vai se agravar, segundo os estudiosos de mudança climática, que predizem maiores secas na região norte do país, menores precipitações, redução da capacidade das represas de água e no reabastecimento dos aqüíferos. Monoculturas se sustentam no uso intensivo de água. As empresas interessadas em biocombustíveis não irão usar terras cultivadas de acordo com a época. Elas irão buscar áreas irrigáveis, para assegurar a produtividade. Exceto por algumas áreas, no México, o uso eficiente de sistemas de água não é generalizado. Temos muito pouca água no país e reduzir a disponibilidade desse recurso primário e vital, para produzir combustível, ameaça não apenas a nossa soberania, mas também, quem sabe, nossa viabilidade como nação. O plantio de plantas básicas para produção de biocombustível deve ser sempre condicionado à administração sustentável da água—não à disponibilidade.
Sustentabilidade dos recursos naturais. A experiência do México com o cultivo intensivo de soja, dendezeiro e milho mostra que ele traz devastação dos recursos naturais: derrubada de milhares de hectares de árvores e arbustos; poluição e esgotamento do solo, por causa do uso de agroquímicos; perda da biodiversidade, induzida pela monocultura; e a emissão de gases que contribuem para o agravamento do efeito estufa, como o óxido nitroso produzido pelos fertilizantes. Mudanças na forma de usar a terra (por exemplo, a transformação de áreas nunca antes cultivadas em plantios) também contribuem para o aquecimento global, devido à redução de cobertura vegetal e maior emissão de gás carbônico. Portanto, no México, o plantio para a produção de biocombustíveis deve contribuir para a—não para a diminuição da—sustentabilidade dos recursos naturais.
HAITI
Na Colômbia já se estão a dar passos para permitir o controlo total da água, já por isso o Governo Nacional apresentou à consideração do Congresso da República o projecto de lei nº 365, “pelo qual se estabelecem medidas para orientar a planificação e administração do recurso hídrico no território nacional”, como se mostrou ao país. Será que a Colômbia está a ficar sem água? Segundo o Ideam [Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais da Colômbia], existe o risco de que para o ano 2025 haja uma diminuição que afecte 69% da população colombiana. O motivo fundamental para a apresentação deste projecto, cujo propósito central é, segundo a mesma exposição: “orientar a planificação e administração do recurso hídrico, como mecanismo para assegurar a disponibilidade presente e futura da água como elemento estratégico para o desenvolvimento sustentável da nação” [1].
A problemática da água é uma consequência do modelo de desenvolvimento que temos, que não se caracteriza precisamente por seguir a lógica dos ecossistemas, e enquanto não se introduzirem correcções que comecem a transformar as suas tendências mais nocivas, a deterioração do chamado “recurso hídrico” continuará a ser a manifestação de problemas que não estão nas bacias hidrográficas como tais, mas sim no conjunto do território [3].
Que disposições traz a lei da água?
Tradicionalmente, a água tem sido um bem de uso público na Colômbia e a sua administração e manejo tem estado a cargo do estado. Os particulares tiveram acesso ao uso e aproveitamento da água mediante um sistema de concessão que até agora, e durante quase 30 anos, foi regulado pelo Código de Recursos Naturais e pelo Decreto Regulamentar 1541 de 1978.
O projecto de lei, sem mediar um estudo nem uma análise que indique qual foi o impacto que este sistema teve na evidente diminuição da oferta hídrica na Colômbia, e quais são as novas exigências no tema da água num mundo globalizado, opta por mantê-lo, aprofundá-lo e flexibilizá-lo.
Em 1998, o Instituto de Desenvolvimento Urbano CENCA assumiu o de fortalecer e divulgar uma atitude Sustentável com relação ao uso de água potável No Peru, com ótimos resultados. O sistema que foi promovido
Tornou-se uma referência para os sistemas alternativos de saneamento
Implantados por organizações locais, e tem evidente aplicação na
Agricultura urbana. Embora ainda não se tenha consolidado como uma
Política explicitamente assumida, os primeiros passos para a aceitação já
O foram tomados.

Infelizmente, o modelo de gerenciamento de água e esgoto que hoje prevalece baseia-se no consumo intensivo e na alta lucratividade. Isso
tem resultado na exploração irracional da água, na medida em que encoraja atitudes e tecnologias que não reagem ao desequilíbrio e às
alterações nos ecossistemas que elas provocam. O sistema descrito promete reduzir a poluição, preservar o meio ambiente, promover a
educação ambiental, gerar renda e economia para as famílias, e, finalmente, fornecer insumos (água e composto) para a agricultura urbana.
Não se dirige exclusivamente para os pobres, já que os grupos da população com maior renda também podem adotá-lo. Ao mesmo tempo,
leva em consideração as dificuldades de acesso ao sistema de esgoto convencional que muitos moradores ainda terão por prazo indefinível.
Isso significa, ainda, que uma especial atenção deve ser dada aos aspectos culturais dos beneficiários.

Os desafios estão relacionados com a implementação de uma estratégia a longo prazo para consolidar uma política, ou ainda uma disciplina,
para o consumo de água e seu tratamento sustentável. Essa política deve incluir o fato de ser Lima uma área de escassos recursos hídricos,
e que, por volta do ano 2015, as despesas para superar essa crise serão ainda maiores.
O sistema ECODESS é apenas uma ferramenta no enfrentamento desse desafio. Existem outros recursos para ajudar nesse processo.
Entretanto, da perspectiva do saneamento ambiental e da reciclagem da água para uso em áreas verdes e na agricultura urbana, o objetivo
dessas estratégias é consolidar uma política de saneamento sustentável e o uso racional da água. As instituições envolvidas no ECODESS
estão comprometidas em implementar as seguintes ações:
* Estabelecer grupos de trabalho que incluam universidade, ONGs, movimentos ambientalistas, agricultores urbanos, e os governos locais,
para promoverem práticas de gerenciamento ambiental urbano que tenham uma perspectiva local e envolvendo as organizações locais.
* Disseminar informações sobre o sistema e suas vantagens em todos os níveis e setores sociais, e tanto nas áreas urbanas como nas rurais.
* Treinar adequadamente os funcionários e técnicos de várias instituições com relação a recursos hídricos, saneamento, saúde, produção
agrícola urbana, segurança alimentar, e gerenciamento local do ambiente urbano.
* Influenciar o desenvolvimento de regulamentação adequada. Experiências pilotos devem contribuir para gerar normas que aumentem a
viabilidade desses sistemas.
* Promover a educação ambiental, especialmente nas escolas, focando nas mudanças de atitude de pessoas como um dos elementos-chave
exigidos para mudar e aperfeiçoar as práticas de gerenciamento ambiental.

Na América Central do Sul, que em termos Médios, o Peru apresenta indicador de água renovável anual em situação de escassez hídrica.